quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Pneus

Um pneumático (do latim tardio pneumatĭcus, por sua vez do grego πνευματικός, derivado de πνεῦμα "sopro"), mais conhecido simplesmente por pneu, é um artefato circular feito de borracha,foi cria do por Charles Goodyear o qual pode ser inflado com ar ou com água. Pode ainda sr maciço. Utilizado por veículos em geral, como carros de passeio, caminhões, tratores, bicicletas, carrinhos de mão etc.
Geralmente é de cor negra devido ao fato de, durante a fabricação, ser adicionado negro de fumo à composição da borracha. Sem esse elemento, os pneus se desgastariam muito rapidamente.
Os pneus, de modo geral, tem como durabilidade de 25 mil a 70 mil quilômetros, dependendo dos cuidados do usuário e do seu uso (off-road, esportivo, urbano, estradal, mineração,...). Alguns cuidados a serem tomados são o balanceamento e alinhamento a cada cinco mil quilômetros e o rodízio de pneus(em Portugal chamado "rotação ou cruzamento dos pneus"), o qual deve ser feito a cada 10 mil km, até o pneu atingir a "meia-vida" ou profundidade dos sulcos de aprox. 3,5mm. Depois desta profundidade, deve-se deixar o pneu mais gasto no eixo dianteiro, pelas razões que serão explanadas mais adiante. A calibragem dos pneus deve ser feita periodicamente, e sempre antes de viagens, com a pressão recomendada pelo fabricante do veículo.

O pneu deve ser substituído quando seus sulcos atingirem a profundidade de 1,6 milímetros (de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, por exemplo). Essa profundidade é apontada quando o desgaste atigir as ranhuras inferiores, indicadas pela sigla T.W.I. (Tread Wear Indicator). Caso haja bolhas ou deformações, o pneu deve ser prontamente substituído, independentemente da profundidade dos seus sulcos, pois o pneu está estruturalmente comprometido.
Quanto menor a profundidade dos sulcos, maior a probabilidade de aquaplanagem. A aquaplanagem é o efeito que ocorre quando as ranhuras não dão conta de drenar a água existente entre a borracha e o asfalto, fazendo com que o pneu se movimente sobre uma película de água, praticamente sem atrito com o asfalto. A maioria dos acidentes rodoviários envolvendo um único veículo, em dias de chuva, deve-se ao fenômeno da aquaplanagem. Para se ter uma noção de grandeza, um pneu novo a 90 km/H pode drenar até 5 litros de água por segundo, dependendo das condições de microdrenagem da superfície do asfalto.
Além da profundidade dos sulcos, a probabilidade de aquaplanagem varia conforme a velocidade e pressão de calibragem do pneu.
Existem pneus com desenho simétrico e com desenho assimétrico das ranhuras. Nos pneus assimétricos, deve haver uma indicação na lateral do pneu instruindo sobre a correta posição de instalação. No pneu simétrico, a primeira instalação pode ser feita em qualquer posição, pois as ranhuras sempre ficarão na mesma geometria.
É importante ressaltar que o sentido de rotação do pneu não deve ser alterado ao longo de sua vida útil. Porque a estrutura da borracha, que foi solicitada por muito tempo em um determinado vetor de força, passa a sofrer uma solicitação contrária, fazendo o material se desagregar mais facilmente, por fadiga. Devido a este cuidado, os pneus assimétricos que possuem a indicação de lateral externa não podem sofrer o rodízio cruzado (em x), devendo-se apenas circular os pneus entre o eixo dianteiro e o traseiro do mesmo lado.
O desgaste dos pneus é condicionado pelo modelo do veículo e pelo cuidado com a manutenção dos mesmos. Notadamente, a maioria dos veículos de passeio apresenta um desgaste maior dos pneus dianteiros, devido à predominância da tração dianteira e do maior peso no eixo dianteiro. Culturalmente, na troca de apenas dois dos quatro pneus, é comum o usuário instalar os pneus novos na frente. No entanto, os fabricantes do setor recomendam que os pneus novos sejam sempre colocados no eixo traseiro, via de regra. Tal recomendação visa a maior segurança do usuário, pelas razões que seguem:
1) O espaço de frenagem com pneu melhores na traseira é inferior ao espaço de frenagem com os pneus novos na dianteira.
2) Se o veículo, na curva, perder aderência nos pneus dianteiros, instintivamente o condutor tira o pé do acelerador e corrige a trajetória, retomando a aderência e controle mais facilmente; A perda de aderência neste caso se dá na primeira metade da curva.
3) Se o veículo, na curva, perder aderência nos pneus traseiros, o controle do veículo dependerá da sensibilidade e experiência do motorista, pois é muito mais difícil controlar o veículo nesta forma de desgoverno. Caso ocorra na curva, a aquaplanagem do eixo traseiro deve ser corrigida girando-se a direção no sentido contrário da curva (esta é a manobra oposta à instintiva - as auto-escolas brasileiras não têm condições de prestar este tipo de instruções aos condutores); A perda de aderência neste caso, se dará na segunda metade da curva, restando poucos recursos ao motorista.
4) O temor de usar pneus usados na dianteira, devido ao medo de um estouro é infundado. A probabilidade de um estouro por defeito de fabricação ou desgaste do pneu é muito baixa. Se o pneu mais gasto estiver sem deformações ou bolhas, estruturalmente ele é similar ao pneu novo, ou seja, se algo conseguir explodir o pneu que está gasto (porém está estruturalmente intacto), certamente também explodirá o pneu novo. Pode-se concluir, portanto, que é mais seguro instalar os pneus novos nas rodas traseiras e, depois de atingida a meia-vida dos pneus (profundidade dos sulcos aproximada de 3,5 mm), deixar os mais gastos no eixo dianteiro. Ressalta-se, novamente, que se houver bolhas ou deformações, o pneu deve ser prontamente substituído, independentemente da profundidade dos seus sulcos e do eixo de instalação.
Além do mais, é mais fácil controlar um estouro de pneu na dianteira do que um estouro de pneu traseiro (pois o estouro traseiro não permite qualquer manobra e p motorista e torna passageiro

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